quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Hai Kai com chá.



Sentir a essência
Em si, remenda.
Sem tarde
Sem ti.

- Um expresso duplo por favor!



Sinto seus olhos ainda cansados
Já não aguenta mais, tanto trabalho
Desanimado, ainda procura espaço
Enquanto acaba seu ultimo trago

- Um expresso duplo, por favor!
O liquido desce e eleva sua alma já lavada
Após horas roubadas pela insonia
Terminou.

Mais uma noite em claro?
- Tanto faz!
Agora com o dia já cotado
Em monotonia e descaso.

Pensa na porta do quarto
E uma hora trancado
De silêncio e olhos fechados

Aluga-se sono aqui!
Um café gelado e não consegue dormir
Só pensa em fugir daqui
- Um expresso duplo, por favor!

A breve historia de um apicultor




Zunidos...
Amigo das abelhas
Sempre foi sereno e breve
Com muito cuidado ao executar seus movimentos leves
Para não morrer exposto ao perigo
E retirar o liquido real, denso e dourado
Nunca usou aquela roupa branca impermeável
Até o dia em que as listras resolveram lhe fazer uma visita inesperada
As ferroadas tomaram conta de seu corpo exausto
No mesmo dia em que a sua loucura não fez questão de se esquivar do veneno.

O sono:



Quando vem
Não da tempo
Não tem hora
Não tem cheiro
Pesa uma tonelada.

Só chega e derruba as pálpebras
Trazendo múltiplos orgasmos confortantes
E a insaciável vontade de ser dobrado e guardado em uma gaveta escura e com cheiro familiar.

Mesmo sabendo da origem pacata
Que encontrei emaranhada a tanta nostalgia
Sabendo agora do presente vivido
Que também foi mantido
Pela mesma alegria
Sinto no peito a saudade
De toda maldade
Que um dia foi minha

Aquele seu desapego
Que hoje é desejo
Como toda bobagem
Trocada em tardes vazias
De silencio e poesia

Me lembro da ultima vez que te vi
Você sentada ali
Me falando sobre oque não queria ser
E o medo de desaparecer no mundo.

Quem sabe agente se encontra outra vez e acabamos com aquelas palavras que deixamos no ar...

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sorriso Antigo




... Antigo
O confuso e sincero sorriso
Decorre das margens que escorrem da boca.
A discreta e intensa pratica que destoa
O derradeiro do gigante.
vulgar e sublime sorriso
Que protubera as rugas do rosto
Em forma de empatia
Modesto como a saudade
Natural como a necessidade
E antigo como quem já passou
Um sorriso acanhado, meio de lado
Na dose certa, retalhado.
Porém indivisível
Vem como um sorriso antigo.

domingo, 29 de novembro de 2009

Só sinto a linha branca do horizonte
Sentidos, olhares, uma lâmpada acesa!
Apressa o vento lá de longe
Penso no caminho mais longo
O curto parece muito perigoso.

Mais um pouco,
Dialogo e mais uma lâmpada acesa!
Atração de um imã dentro de nossas cabeças.
Tento imaginar a sombra chegando mais perto
O cabelo voa no instante incerto
O frio bate forte nas canelas
O arrepio é constante nela
Eu ofereço a lareira em meu peito.
No momento mais intenso.
Eu sinto mais perto o seu cheiro
Mais um pouco e sinto o gosto do beijo.

...ainda trago no peito.