domingo, 29 de novembro de 2009

Só sinto a linha branca do horizonte
Sentidos, olhares, uma lâmpada acesa!
Apressa o vento lá de longe
Penso no caminho mais longo
O curto parece muito perigoso.

Mais um pouco,
Dialogo e mais uma lâmpada acesa!
Atração de um imã dentro de nossas cabeças.
Tento imaginar a sombra chegando mais perto
O cabelo voa no instante incerto
O frio bate forte nas canelas
O arrepio é constante nela
Eu ofereço a lareira em meu peito.
No momento mais intenso.
Eu sinto mais perto o seu cheiro
Mais um pouco e sinto o gosto do beijo.

...ainda trago no peito.

terça-feira, 22 de setembro de 2009


Como seria bom sentar a cadeira
E saber do que é preciso
Qual é o tempero, qual é a hora, qual é cor.
Mais qual seria a graça de viver se fosse assim tão fácil?
Sabendo o que te apetece, qual vai ser a hora e essa tal de cor?
As vezes a constância das coisas
Pode tornar tudo banal, tudo sem sal
Sendo assim prefiro viver sem saber e sem pensar no que há, no que haverá...
E assim, nessa impossibilidade das coisas, me tornar quem eu sou.
Hora pensar, hora não...
Hora sonhar, hora não...
Hora sorrir, hora não...
Hora sentar, hora não...
Hora sentir, hora não...
Hora soprar...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Eu sei que também tem alguém te procurando
Só espero que não demore pra que se encontrem...
E eu também estou esperando achar o meu descanso.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009


Sonhos substanciais
A insegurança feito quina de mesa
Copos caem e não agradam
Uma só chance (a decepção é rala)
Agarra e evacua feito ralo.
O engodo da vida nos permite conclusões
E por entrelinhas abertas
Fazer da monótona conturbação
Um momento bom.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Lança-te ao mar


Navegávamos ao leste
No horizonte a lua lançava sua imagem
Estávamos sentados, quando vimos
Brilhos e coelhos ao lamentar o fim de um copo de rum
- Ouça o som! Ela disse
O som do quebrar das ondas no casco
Aleatórias, mais ainda ondas.
- Ouça o som...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Se eu pudesse conversar com você por apenas um dia, tenho certeza de que minha vida seria mais compreendida por mim mesmo, mais os sonhos impossíveis temos que guardar como fósforos na caixa.
Hoje acordei com vontade de escrever para o mestre Caeiro, um desabafo de um incompreendido com sua sutileza e realidade das "cousas".

Não sou um guardador de rebanhos
Pois meus pensamentos estão à flor da pele
Os sentidos em tudo vejo
E quero sempre mais
Mais cores, mais tato.
Isso faz de mim seu inimigo ou seu discípulo?
Veja à que convém
Contigo aprendi a ser só como ninguém.
Ser só não é só estar só
É estar cinza, a par das coisas...
Mesmo o vento, mesmo a chuva, mesmo as árvores que são apenas árvores.
Forçamos ver coisas demais quando nada se tem, ou não parece complicado o bastate.
E quando se tem?
 Nada é homogêneo o bastante para ser só aquilo que se vê
Temos um equilíbrio entre a metafísica e a simplicidade das coisas.
Um cão pode parecer uma tigela de frutas
Ou quem sabe um monte de areia branca e fina.
Pensai no que tiver de pensar e veremos as coisas como são quando tiver de ser assim
Sejam elas compostas ou não.

quinta-feira, 30 de julho de 2009


Algum de nos...
Algum de nos vai ter que comprar
quem vai dar o troco?
É preciso contar mais o dinheiro vai ficar sobre a mesa
Ali empilhado e sujo
Até que lhe
dêem outro nome
Ou quem sabe possa sumir por descuido de
alguém
Por esperteza ser enfiado no bolso
Sujo e agora amassado e aos poucos...
de esquina em esquina as notas serão soltadas uma por, por uma
um pastel, uma cerveja, um suborno, flores, uma bosta
Putas, Sonhos...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um dia normal para um cidadão comum

Os dias são cinza
Cheira a tédio
Passa um caminhão amarelo diante de minha janela e nada muda
A chuva cai, o sol seca
E minhas pernas ainda continuam deitadas
A vista cansada me avisa a hora de deitar e descansar
O incrível é que isso acontece a todo o momento e ai eu me perco...
A chuva começa novamente os odores são sempre os mesmos
O tempo passa e os cinco minutos viram vinte de percepção
A fadiga atiça a vontade de estar em movimento
Levanto. Nada muda, ainda é cinza.
Respiro e então um ideia vem ao vácuo das horas.
Escrever, escrever, es-cre-vo.
E não adianta se lamentar, a intervida está aqui e é só mais um dia de tédio
Aonde a ocupação dos espaços são tomados por respiração afinal o amanhã e o depois logo chega
E o cinza se torna azul ou verde talvez
Não sei mais, nem o desejo saber
As vezes o não saber se torna mais agradável ao paladar e sempre sobra no fundo um gosto de curiosidade e isso torna tudo mais divertido, pelo menos para mim.

Migalhas...


São duas dúzias de ervilhas e 3 elevadores
O piso é alto, e as manchas ao redor
Um andar, um banheiro, luzes
Sala, copa e cozinha

Num conjunto, um lar!
Só falta a família, mas...
Que família?
Será a família a quantas milhas?
Uma milha, varias migalhas...

- "O Joãozinho foi quem jogou!"

Acho que pra não se perder
Pois é, na vida há muitos caminhos e os bons agente sempre marca, e os jamais esquece até se forem marcados a migalhas.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Vive, dizes, no presente;
Vive só no presente.

Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as coisas que existem, não o tempo que as mede.

O que é o presente?
É uma coisa relativa ao passado e ao futuro.
É uma coisa que existe em virtude de outras coisas existirem.
Eu quero só a realidade, as coisas sem presente.

Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas coisas como presentes; quero pensar nelas como coisas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.

Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.

Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.


Diz: "Um poema de Alberto Caeiro, do livro Poemas Inconjuntos (1913-1915). Um icone que mudou a minha vida."

segunda-feira, 20 de julho de 2009


Multiplico-me
Sou vários
Meus dedos estão verdes
Minha cabeça pulsa
Posso flutuar...
Pernas segmentadas
Visão 3.000xZoom
Pixeis sobrepõem as imagens
Multi coloridos
Olfato aguçado
Respiração Anaeróbica
me sinto... Leve!
05/06/09

O frio batia as pernas
O gosto era de laranja ácida
As vezes penso
Que não preciso ser agora
O que sou para ser quem sou.
E que se não fosse assim
O frio seria igual...
O mesmo gosto de laranja viria a boca...
E o sentar a cadeira seria o mesmo sentar a cadeira...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Texturas 1



"Luz baixa tropicalha Ofusca a visão
Textura
complexada
Nem a clareza nem a escuridão
Lusco fusco reverenciando a noite
Diferenciando o dia
Poucos segundos e a diferença aparece
Escurece...
As cores esfriam
E a noite cai."

domingo, 17 de maio de 2009

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mundo Maquinario Destino



"As peças sobrepõem o caminho
A máquina te induz a fazer o que você não quer
E isso obedecendo somente aos seus comandos
Com explosões de pixels, sem conhecer suas vontades, sem poder te enxergar e sem saber quem ou o que você é."

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Num primeiro post...

Na verdade, é que eu não sei a verdade.... um blog? pra que?
não sei também, mais eu o fiz, sem uma explicação, mais quem precisa?
estou questionando demais e se criar um blog soi oque eu fiz há alguns minutos, é o meu destino ter um blog.
A primeira postagem é sempre aquela "BELEZA" de toda a primeira postagem de todo primeiro blog (ou não) onde todo mundo se apresenta e fala os propósitos de ter um blog, e sobre oque pretende escrever...
Eu já  não tenho todo esse pique e também não é preciso ter, se meu nome já está ali e provavelmente se você estiver lendo isso tudo é porque me conhece ou porque não tem nada pra fazer ou ambas opções que é o mais provável, enfim...
Foi esta a primeira postagem do quintais do mundo, espero que seja de boa utilidade pra mim, já que o espaço é cedido para eu fazer oque bem entender dele e é isso ai, agora começou...